Governo brasileiro condena ataque a consulado iraniano na Síria e pede 'máxima contenção'
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Governo iraniano atribuiu a Israel a autoria do ataque ao prédio e pediu responsabilização no Conselho de Segurança da ONU. Itamaraty pediu respeito a representações diplomáticas. Consulado do Irã na Síria é alvo de ataqueO Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nesta quarta-feira (3) nota condenando o ataque realizado na segunda-feira (1) ao consulado do Irã em Damasco, capital da Síria.O ataque destruiu o prédio e causou a morte de Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária iraniana, além de outros sete membros da guarda, incluindo dois outros comandantes. As informações são da mídia estatal iraniana.O comandante das forças terrestres da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Reza Zahedi, em imagem de arquivo.Reprodução/ Redes sociaisO ataque aumentou as tensões na região. Em comunicado ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo iraniano atribuiu o ataque ao governo de Israel, chamou o ato de "terrorista" e pediu que o governo de Benjamin Netanyahu seja responsabilizado pela ação.Já o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou na terça-feira (2) que o ataque "não ficará sem resposta".Israel não assumiu oficialmente ter sido responsável pelo ataque, mas fontes do governo do país ouvidas pelo jornal americano "The New York Times" confirmaram a autoria do ato.'Máximo de contenção''Na nota, o governo brasileiro condenou o ataque, "que provocou mortes e ferimentos entre funcionários diplomáticos e consulares" e pediu respeito ao "princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares" previsto em convenções internacionais.Local de prédio destruído em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024Omar Sanadiki/AP"O governo brasileiro lembra, ademais, que o respeito à soberania e à integridade territorial dos países é princípio basilar da Carta das Nações Unidas e exorta todas as partes envolvidas a exercerem o máximo de contenção", diz o documento.O Itamaraty também manifestou preocupação com "a disseminação de focos de hostilidade na região, que podem resultar em consequências graves e imprevisíveis para a estabilidade no Oriente Médio."